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Conheça a bebida considerada inspiradora para Van Gogh, Picasso e Manet

O absinto é um destilado de altíssimo teor alcoólico, que pode causar alucinações, e por isso já foi proibido em diversos países. Apesar de ser uma bebida forte, há e houve vários apreciadores, como é o caso dos pintores Van Gogh, Picasso e Manet.

A origem do absinto

A bebida foi inventada por volta de 1790, e usada inicialmente como remédio por um médico francês. A alta concentração alcoólica e a coloração verde renderam ao absinto o apelido de “fada verde”, em função de seu efeito psicodélico.

Bebida inspiradora

O absinto começou a ser incorporado pelas artes entre o fim do século 19 e início do século 20. Diversas telas, esculturas e passagens literárias citam o destilado, que por causar delírios e vertigens era tido como inspirador para muitos artistas. A bebida é feita com uma planta de mesmo nome que possui tujona, substância psicoativa encontrada em vários vegetais, mas com mais concentração nas folhas de absinto. A tujona altera a percepção sensorial, ativando a região criativa do cérebro, e sua mistura com o álcool pode potencializar o efeito, caso seja ingerida em grande quantidade.

Segundo a BBC e revistas especializadas no tema, Van Gogh possa ter pintado o quadro “Natureza Morta com Absintosob o efeito de alguns goles da bebida. Na tela há uma garrafa e um copo com absinto representados com cores e traços marcantes. Especula-se que a bebida tenha sido uma das responsáveis pelos distúrbios psíquicos do pintor e pelo estilo único de representar a realidade.

Natureza Morta com Absinto, 1887, Vincent van Gogh

Mas não foi só Van Gogh que se rendeu ao absinto, Picasso também o retratou no quadro “A Bebedora de Absinto”, a obra mostra uma mulher isolada, diante de uma garrafa vazia e de uma taça de absinto dentro de um pires.

A Bebedora de Absinto, 1901, Pablo Picasso

Além disso, Manet, assinou a obra “O Bebedor de Absinto”, retratando um homem ao lado de uma taça da bebida. Coincidência ou não, as duas obras possuem quase o mesmo nome e retratam praticamente a mesma realidade.

O Bebedor de Absinto, 1858/1859, Édouard Manet

Depois de todas essas informações, percebe-se que vários pintores que se destacaram no mesmo período apreciavam o absinto. Vale lembrar que a ingestão excessiva de álcool é prejudicial, mas saborear bebidas com moderação pode sim ser uma boa fonte de inspiração.

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