Mercado criativo: o que está acontecendo e quais as previsões

ilustração de um cérebro com um símbolo de mais ao lado e uma ilustração de coração em seguida

Todo ano surgem rumores sobre a crise no mercado criativo, mas a verdade é que ele vive em constante mudança e por conta da pandemia sofreu muito mais mudanças do que o normal.

Para entender o que se passa na mente dos criativos, a WeTranfer, site de transferências de arquivos, fez uma pesquisa com mais de 10 mil pessoas de 135 países e lançou um relatório cheio de insights para que possamos entender o que está acontecendo no mercado criativo. Continue a leitura para conferir os resultados.

Uma nova ordem mundial criativa

Se engana quem pensa que o mercado criativo é igual em todo lugar do mundo, a pesquisa mostrou que criativos do México, do Brasil e da Colômbia são mais propensos a correr riscos do que os colegas ocidentais. Esses criativos são 11% mais confiantes em suas ideias e 11% mais otimistas sobre suas carreiras. Os profissionais criativos dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Canadá são mais experientes, 55% têm mais de 45 anos, eles também tendem a correr menos riscos.

Os criativos estão se sentindo desvalorizados

Infelizmente isso é o que notamos com a popularidade das redes sociais, o profissional criativo não é valorizado e a geração Z está sofrendo com isso. Os menores de 25 anos estão se sentindo desvalorizados, mal pagos e sobrecarregados. Cerca de 50% dos entrevistados citam a saúde mental como a principal distração criativa durante a pandemia e 60% estão pensando em mudar de emprego nos próximos 6 meses.

Mulheres em destaque

Ao longo dos anos, as mulheres sempre foram deixadas de lado no mercado criativo, o que gerava uma insegurança para as profissionais da área. Agora elas estão usando as frustrações de combustível para buscar um trabalho melhor. Pessoas não-binárias e pessoas não-brancas também estão seguindo esse caminho e se preocupando em alinhar seus valores pessoais com o trabalho.

Os clientes não ligam para a criatividade

Os clientes sempre foram um problema para os criativos, pois eles querem apenas resultados e não ligam para a criatividade aplicada. Os criativos querem clientes que confiam em seu trabalho, entendem suas ideias e o deixam fazer seu trabalho da melhor forma possível. Infelizmente o ego é um item que atrapalha bastante essa relação entre cliente e criativo.

O êxodo dos criativos

Como já citamos anteriormente, muitos criativos pretendem mudar de emprego. Grande parte está abandonando trabalhos insatisfatórios, pois a maioria deles querem um trabalho que tenha significado e que ele seja recompensado, não apenas com dinheiro, mas com a chance de ver suas visões ganharem vida. Eles querem fazer a diferença.

A criatividade não é um dom, é algo que precisa ser nutrido e se não incentivarmos ela dentro e fora das empresas veremos um mundo cada vez mais estagnado e sem graça. É preciso reconhecer, respeitar e desafiar o talento criativo ou você perderá esse incrível profissional para alguém que saiba fazer isso.

Para conferir o relatório completo, acesse Ideas Report 2021.

Graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), especialista em Mídias Digitais pela Universidade Positivo e Mestranda em Administração pela PUCPR. É criadora do blog pippoca.com, atua como pesquisadora, é autônoma e já atuou em agências de publicidade. É uma entusiasta da criatividade e de tudo que envolve o processo criativo.