Anualmente, a Influency.me, empresa de marketing de influência brasileira realiza pesquisa junto a marcas, influenciadores, agências e assessores para reunir dados sobre o avanço do segmento no Brasil.
Na pesquisa deste ano, mais de 350 profissionais do segmento de marketing de influência contribuíram com seus insights. Um destaque significativo revela uma mudança notável, com um aumento expressivo de 35,6% das marcas que agora priorizam a realização de campanhas no TikTok. Em comparação com o ano anterior, em 2022, essa preferência cresceu substancialmente, atingindo 66% das marcas em 2023. Deste modo, as expectativas para o TikTok em 2024 são as melhores.
“Esse crescimento demonstra que o TikTok é muito bem aceito pelos brasileiros, sendo uma rede social já consolidada por aqui. Antes, as marcas tinham receio de ser ‘modinha’ ou uma rede social nichada, alcançando somente jovens. Esse cenário mudou e, hoje, o TikTok apresenta alta taxa de engajamento em publis, penetração no mercado e alto tempo de uso do aplicativo”, relata Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Investimento em marketing de influência
Além disso, cresceu em mais de 20% o número de empresas que investem todos os meses em marketing de influência. Destaca-se, também, o crescimento de empresas que investiram acima de R$ 500 mil em influência no ano, que passou de 13% (2022) para 18% (2023).
Esse aumento é reflexo do aumento da confiança no marketing de influência. “Quem não conhece um influenciador? Parte expressiva da população brasileira acompanha a rotina de seus influenciadores favoritos, interage com as publicações e stories. Então, inserir produtos nesse dia a dia torna a ‘publicidade’ muito mais sutil e integrada. As pessoas não querem ver comerciais na internet, mas, sim, vidas reais”, explica o CEO.
De acordo com a pesquisa, em 2023, 56% das marcas investiram em marketing de influência. Deste número, 81,8% investiram todos os meses; em 2022, somente 59,4% investiram todos os meses.
Cresce número de influenciadores por campanha
A quantidade de influenciadores contratados por campanha também aumentou neste ano. Em 2022, a maior parte das empresas (47%) contratavam até 5 influenciadores por campanha. Em 2023, a maior parte das marcas (39%) contrata entre 6 e 10 influenciadores por campanha.
Também cresceu o valor investido pelas marcas em influência. Em 2022, 13% das marcas investiu mais de R$ 500 mil, enquanto, em 2023, 18% das empresas investiram valores superiores a R$ 500 mil. Dentre as empresas que não investiram (44,1%), o principal motivo apontado é a falta de orçamento.
Influenciadores mais procurados
Os influenciadores mais frequentemente contratados são os micro e meso, ou seja, aqueles que têm entre 10 mil e 500 mil seguidores. “Isso se deve ao fato de influenciadores maiores cobrarem valores mais altos, além da taxa de engajamento de perfis menores, muitas vezes, ser maior. A formação de um casting de micro influenciadores engajados pode ser uma ótima opção para gerar resultados dentro do orçamento”, acrescenta Azevedo.
Para as marcas, os influenciadores com mais chance de serem contratados por elas são os que têm entre 10 e 50 mil seguidores (chamados de micro influenciadores). Quase metade das marcas (45%) dão preferência à contratação desses influenciadores.
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Tendências para 2024
Em 2024, até 66,7% das empresas respondentes pretendem aumentar os investimentos em marketing de influência. Ao mesmo tempo, 30,3% pretendem manter os investimentos no mesmo patamar, enquanto somente 3% pretendem reduzir o orçamento alocado em marketing de influência.
Mas, em relação ao ano passado, diminuiu pela metade a porcentagem de empresas que pretendem diminuir os investimentos em influência. Em 2022, 6% das empresas pretendiam diminuir os investimentos no segmento; em 2023, somente 3% pretendem diminuir.
Regulamentação da profissão de influenciador
A profissão de influenciador digital ainda não é regulamentada no Brasil. Há orientações, emitidas pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que não possuem força de lei.
Apesar disso, a pesquisa aponta unanimidade entre marcas, assessores de influenciadores, influenciadores e agências no sentido de ser necessário regulamentar a profissão, assim como são os demais tipos de trabalho.
De acordo com a pesquisa, 92% das marcas acreditam que a profissão deva ser regulamentada; 93% dos assessores pensam do mesmo modo; 80% dos próprios influenciadores defendem a regulamentação e 81% das agências respondentes acreditam nisso.