Você conhece a tipografia Blackletter? Com certeza você já a viu em cartazes de bandas de heavy metal ou em pôsteres de filmes, que recentemente vem usando muito essa tipografia. Continue a leitura para saber mais sobre ela e como usá-la.
Sobre a tipografia
As letras Blackletter carregam um peso histórico, ao vê-la somos imediatamente transportados ao século passado, na Idade Média, quando elas surgiram e eram ricas como caligrafia padrão para documentos e livros, mas a tipografia também comunicava mensagens subliminares, como o nazismo, o conservadorismo, a aristocracia e a sofisticação.
O retorno de outras fontes semelhantes
No final dos anos 1920, o calígrafo alemão Rudolf Koch, resgatou diversos modelos caligráficos em desuso na Alemanha após a expansão da tipografia, e introduziu outros modelos com construções mais simples, no intuito de trazer de volta o seu uso. A tipografia Schwabacher, por exemplo, é mais simples, geométrica, com poucos traços curvos.
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Novas fontes foram criadas
Para o pôster do filme “Nosferatu”, o designer Teddy Blanks criou uma fonte exclusiva baseada nas fontes alemãs, que reforçou o tom de estranheza e pavor do filme. A letra “s” traz uma espinha quebrada, ao invés de um traço inteiro; o ombro do “f” em forma de foice ajuda a acentuar a estranheza.
Para o filme Drácula, o designer brasileiro Daniel Sabino criou a tipografia Gandur New, ela ganhou uma abordagem geométrica acerca das simplificações da Blackletter dos anos 1930.

Onde você já viu a fonte Blackletter
Você já pode ter visto a fonte Blackletter em pôsters de bandas de heavy metal ou rock, como é o caso da banda Black Sabbath e dos cantores David Bowie e até Elvis Presley, que usou em seu disco gospel de 1960. No cinema, a fonte está presente em pôsteres de filmes atuais com Saltburn e Lady Bird.
Quando usar a fonte Blackletter
Apesar do retorno do uso da fonte atualmente, ainda é difícil vê-la aplicada em muitos materiais. Ela pode ser usada para comunicar um tempo passado, para transmitir terror e estranheza ou para criticar a religião e o conservadorismo, basta você entender em qual contexto ela pode funcionar melhor.
Imagem de capa: Reprodução/Tipo Aquilo
Fontes: Tipo Aquilo | The New York Times