Modo escuro Modo claro

Figma abre capital na bolsa de valores e passa a valer bilhões de dólares

Figma, startup de design com sede em São Francisco, na Califórnia, se tornou uma empresa bilionária após abrir capital na bolsa de valores no final de julho. Avaliada em mais de US$ 19 bilhões, a empresa surpreendeu o mercado cerca de 18 meses após a tentativa frustrada de ser comprada pela Adobe por US$ 20 bilhões.

O acordo foi cancelado no fim de 2023 por pressão de órgãos reguladores, que alegaram preocupações com a lei antitruste, conjunto de regras criadas para evitar que empresas abusem do poder econômico e prejudiquem a concorrência no mercado. Com o cancelamento, a Adobe teve que pagar uma rescisão de US$ 1 bilhão à Figma.

Sem o apoio de uma grande empresa por trás, a Figma optou por seguir de forma independente. Reduziu sua avaliação interna para US$ 10 bilhões e ofereceu um plano de saída voluntária aos funcionários. Apenas 4% aceitaram. A estratégia, segundo investidores, serviu para reorganizar a companhia e preparar o terreno para um futuro sólido no mercado.

Mesmo operando com prejuízo, a empresa mostrou crescimento acelerado. Em 2024, sua receita foi de US$ 749 milhões e, apenas nos primeiros três meses de 2025, somou US$ 228 milhões, alta de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior. O prejuízo anual de US$ 732 milhões se deve, principalmente à concessão de ações no valor de US$ 889 milhões para funcionários.

A estreia da Figma na bolsa foi considerada um sucesso. As ações subiram mais de três vezes no primeiro dia de negociação, partindo de US$ 33 e fechando a US$ 115,50. O resultado fez com que o CEO Dylan Field se tornasse bilionário, com patrimônio estimado em US$ 6,4 bilhões. O cofundador Evan Wallace também atingiu esse patamar, com US$ 3,1 bilhões, mesmo após doar parte de suas ações a Marin Community Foundation, uma organização sem fins lucrativos que atua no combate à falta de moradia, entre outras causas sociais.

Field manteve o controle da empresa após o IPO. Ele e Wallace continuam com a maioria dos votos nas decisões da Figma, o que garante estabilidade na liderança. Lançada oficialmente em 2015, a plataforma se tornou popular entre designers e grandes empresas de tecnologia por permitir a criação e colaboração em tempo real direto no navegador, sem necessidade de instalação de software. Esse modelo ajudou a Figma a consolidar sua posição no setor.

Apesar do crescimento, a Figma enfrenta concorrência de novas startups que usam inteligência artificial para criar protótipos e produtos de forma automática, um desafio para os próximos anos. Ainda assim, a abertura de capital marca um novo capítulo na história da empresa, agora como uma das mais valiosas do mercado de tecnologia.

Fonte: Forbes | Foto: Aileenchik/Depositphotos.com

< Anterior

Conheça o livro mais completo e sofisticado sobre Gustav Klimt já publicado

Próximo >

Plataforma LAJE da agência anacouto anuncia rebranding e novos cursos