Entrevista com a artista curitibana Yasmin Bomfim

Yasmin Karinne Bomfim é artista por natureza e designer por formação. A curitibana de 22 anos é cheia de ideias, personalidade e suas obras são pra lá de autênticas. Suas “telas” de pintura variam entre quadros, paredes, pratos, growlers e o que mais a imaginação permitir.

Batemos um papo com ela e você confere a entrevista abaixo:

Inspi: Primeiramente, agradecemos por nos conceder essa entrevista. Como começou sua carreira?

Yasmin: Me formei muito cedo e sou muita nova, mas estou iniciando sempre algo novo e diferente. Há alguns meses me tornei uma profissional autônoma e criei a AISÓ, página onde divulgo e vendo basicamente tudo o que faço e gosto. Ainda tenho muito a aprender.

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Inspi: Quais suas inspirações?

Yasmin: Minha inspiração quase sempre surge de um dia de verão.. o calor me dá certa felicidade e ânimo pra trabalhar. Viajar quase sempre é um ponto de partida pra novos insights e fazer coisas diferentes na minha vida. Definitivamente não gosto de rotina e meu trabalho exige que todos os dias sejam diferentes um do outro.

Inspi: Quando você descobriu o amor pela pintura?

Yasmin: Desde criança eu sempre gostei de desenhar. Meu passatempo preferido era pegar um caderno, sentar e então deixar a imaginação rolar. Sempre achei que isso ia tomar conta do resto da minha vida em algum momento e ainda acredito nisso. Quando você é criança, é natural que as pessoas não levem tão a sério e acho que isso é meio essencial pra começar a acreditar em si mesmo. Já trabalhei com muita coisa desde os meus quinze anos de idade e sempre em lugares diferentes, seja com vendas ou design de jóias. A partir daí, percebi que fazer meus desenhos e relacionar com um determinado produto (mais decorativo) fosse o ideal.

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Inspi: Quais seus artistas preferidos?

Yasmin: Eu gosto de gente que muda a percepção das coisas; a Agnes Cecile é uma artista italiana e faz milhões de misturas em seu trabalho, com aquarela e tinta óleo. Nielly Françoise, Banksy, Kobra, Cranio, entre outros artistas de street art e que trabalham com aquarela e desenho humano.

Inspi: Quais seus planos e projetos futuros?

Yasmin: Pretendo continuar estudando, fazer Artes Plásticas quem sabe e permanecer em contato com a tinta e os pincéis! Morar em outro país novamente. Viajar mais. Ser e continuar rendendo frutos, para que o que eu fiz ontem seja um impulso para um amanhã muito melhor. O amanhã é um plano.

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Inspi: Quais suas principais influências?

Yasmin: Eu gosto muito de fotografia, embora na verdade não trabalhe diretamente com isso. Quando viajei pra Índia em 2014, pude ver o quanto me satisfazia tirar algumas fotos a partir do meu ponto de vista, por hobby mesmo. Gosto de todo tipo de arte e acho que quando a gente expande por essas ramificações, vemos do que somos ou não capazes, do que faz parte das nossas influências, como nós somos de verdade. O som que a gente escuta, o que vestimos. O que comemos. Pra que lado  olhamos. Gosto de cores nos meus trabalhos.. geralmente uso muitas. Acho que isso explica bastante.

Inspi: O design ajuda na sua linha artística?

Yasmin: De certa forma sim. Me formei em agosto de 2014 e apesar de não ter feito tanto tempo de faculdade, ou acreditar que devia ter feito outro curso, na verdade sinto que fiz o certo. O design ajuda na parte necessária do vendável, do que atrai. O design seduz e é por isso que ele está em tudo e é muito importante. Na parte artística e, por assim dizer mais livre e com outras técnicas que são o inverso da parte digital, o design ajuda – quando necessário. E vice-versa. Hoje fico feliz por conseguir trabalhar com as duas coisas. A parte completamente artística e o Design Gráfico como um plano secundário, mas sem deixar de ter a sua importância.

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Inspi: Qual foi a melhor experiência que você teve com a arte?

Yasmin: Fiz um quadro recentemente pra uma amiga, de 1,5×1,5m e nunca havia feito algo tão bacana. Mentira, na sala da casa do meu namorado pintei uma parede (ainda incompleta) hahahaha. Mas são trabalhos que exigem mais. Mais tempo, mais qualidade, mais esforço. Coisas boas acontecem quando você sai do que tá acostumado a fazer.

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Inspi: Para você, qual a maior dificuldade em trabalhar com arte no Brasil?

Yasmin: Bom, eu só fui pra Índia.. Mas acho que a parte mais complicada talvez seja a variedade de materiais pra se trabalhar com arte. O que não quer dizer que não temos, mas não encontramos com tanta facilidade. Assim como a visualização também, mais contatos, exposições. É minha opinião particular, eu tô abrindo os olhos pra esse caminho agora. Mas que tem muita gente talentosa aqui, tem! E eu quero conhecer essas pessoas aqui primeiro, pois existe muita diversidade. Também tem a questão financeira.. todos estão no mesmo barco e tá difícil pra todo mundo. Mas a diferença entre um profissional com emprego fixo e um autônomo como eu, é que o dinheiro do artista não tem data certa pra chegar.

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