A Galeria Magalu, megaloja do grupo que será inaugurada no início de dezembro no Conjunto Nacional, vai levar a Pinacoteca de São Paulo à Avenida Paulista por meio da exposição “Jogo de Cena – obras do acervo da Pinacoteca de São Paulo”, com curadoria do diretor-geral da instituição, Jochen Volz.
O Espaço Pina, instalado dentro da Galeria Magalu, será uma área permanente dedicada à exibição de trabalhos de artistas brasileiros integrantes do acervo de aproximadamente 12.000 obras da Pinacoteca, que completa 120 anos de história em dezembro.
“Nosso sonho era levar a Pina para lá e conseguimos. A parceria com o museu está em linha com nosso propósito como empresa, que é levar a muitos o que ainda é privilégio de poucos. Queremos que um número cada vez maior de pessoas conheça a arte da Pinacoteca, se interesse e apoie o museu.”, contou Frederico Trajano, CEO do Magalu
A Galeria Magalu foi concebida como um espaço de encontro, que reúne todas as empresas do ecossistema de varejo do Magalu – Magazine Luiza e que respeita a tradição cultural do lugar onde, por muitos anos, funcionou a principal loja da Livraria Cultura. Além do Espaço Pina, a Galeria abrigará o Teatro Youtube, com uma programação teatral e de expressividade para criadores do universo digital, e a Estante Virtual, com uma oferta de livros novos e vendidos por sebos.
Jochen Volz, curador e diretor-geral da Pinacoteca de São Paulo, foi o responsável pela escolha das obras que ficarão expostas pelos próximos 12 meses na Galeria Magalu. “A exposição ‘Jogo de Cena: obras do acervo da Pinacoteca de São Paulo’ representa uma oportunidade para o museu dialogar com um público diverso, em um contexto espontâneo e descontraído”, afirma.
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A primeira exposição
“Jogo de Cena” aborda as diversas representações do corpo e da teatralidade na arte brasileira. A exposição terá duração de um ano, período em que as peças expostas podem ser periodicamente substituídas por outras do acervo sob a mesma temática.
A mostra amplia o olhar sobre a arte brasileira, reunindo artistas de diferentes origens e gerações. O Espaço Pina é “abraçado” pelo painel Onde a Linha Equilibra o Eu (foto), da artista paulistana Soberana Ziza, comissionado especialmente para o espaço. A obra traz reflexões sobre visibilidade, território e as lutas envolvidas no desenvolvimento da metrópole.
Trabalhos de de outros cinco artistas compõem a narrativa da exposição, como as pinturas de Bajado (1912–1996) da década de 1970, esculturas monumentais da série Comediantes, de Francisco Brennand (1927-2019), além de Animal Estático (1966), de Liuba Wolf (1923–2005), Raoni (1986), de Miguel dos Santos, e Yuxin (2022), de Kássia Borges.