Você sabe identificar que algo foi produzido por Inteligência Artificial? Com o avanço da tecnologia e a adesão do mercado criativo a essas novas ferramentas está cada vez mais difícil identificar o que foi produzido por uma pessoa e o que foi produzido por uma máquina. Mas um acontecimento inusitado parece revelar algo interessante para o futuro: uma foto feita sem a ajuda de IA ganhou o concurso de IA. Saiba tudo a seguir!
Sobre o 1839 Awards
O 1839 Awards oferece uma série de competições que homenageiam os fotógrafos mais notáveis que usam a fotografia como forma de arte. Os prêmios do 1839 são administrados pelo Creative Resource Collective, que foi estabelecido em 2020 com os objetivos de fornecer recursos, reconhecimento, exposição e comunidade para fotógrafos ao redor do mundo.
Sobre o artista e a fotografia vencedora
Miles Astray, se inscreveu no prêmio 1839 Color Photography Awards depois de vencer a categoria de imagem gerada por IA, mas o que mais chama a atenção é que a foto intitulada de “Flamingo” não usa softwares, é uma foto real.
O artista revelou em uma entrevista que inscreveu a foto na categoria de IA para mostrar que “não há nada mais fantástico e criativo do que a própria mãe natureza”, ele ficou feliz em constatar que esse experimento confirmou sua hipótese.
Conheça outros cases
Esse não foi o único caso que envolveu fotografia humana e Inteligência Artificial. Em 2023, o artista Boris Elgadsen, de Berlim, venceu a categoria Criativo no Sony World Photography Awards com uma imagem intitulada de “The Electrician”, ele ganhou US$5 mil e vários equipamentos da Sony, mas na época o artista renunciou ao prêmio e disse que entrou no concurso para provocar um debate. Já que o regulamento do concurso não especificava se era necessário um aviso caso a imagem fosse gerada por IA, Boris enviou sua foto sem problema algum, mas concorreu com fotos criadas por pessoas e levou o prêmio graças a uma foto que criou com a ajuda da Inteligência Artificial.
A fotógrafa Suzi Dougherty usou um iPhone para tirar uma imagem de seu filho com dois manequins em uma exposição imersiva da Gucci, ela então enviou a foto para um concurso de uma loja em Sydney, ao ser perguntada sobre a foto gerada por IA, a artista revela queestava apenas começando a entender como funciona o ChatGPT e não tinha habilidades para isso.
Depois da análise de quatro juízes e da análise de metadados da imagem, não foi possível dizer se a foto era realmente gerada por IA, Suzi continuava confirmando que a foto era real. Depois da confusão a loja responsável pelo concurso pediu desculpas pelo erro, pois já havia desclassificado a fotógrafa.
Esses cases nos fazem refletir sobre os limites entre foto e software, já não somos mais capazes de distinguir o que é real e o que é Inteligência Artificial e não nos preparamos para viver esse momento, é difícil imaginar o que está por vir.
Foto de Capa: bodystock69/Depositphotos.com Fontes: Fast Company Brasil, PetaPixel