Burnout criativo: o que fazer para fugir dele?

O mundo da publicidade não dorme, trabalhar mais significa trabalhar melhor e a intensidade do trabalho da indústria criativa sempre foi o inimigo da saúde mental. Você já deve ter ouvido falar de burnout, o esgotamento mental, mas também existe o burnout criativo, muito comum em profissionais que atuam em agências de publicidade. Vem saber mais!

Sintomas do burnout criativo

Apesar do cansaço físico e mental ser um dos principais sintomas, há uma série de outros sinais que podem ajudar você a identificar o burnout criativo, como irritabilidade, procrastinação, bloqueio criativo e produtivo, perfeccionismo ou síndrome do impostor, trabalho fraco ou ruim, além de deixar de entregar projetos.

O primeiro passo para resolver um problema é identificar que você tem um, ignorar os sintomas e o cansaço não é a melhor maneira de lidar com o burnout criativo. Você precisa buscar uma solução e reconhecer que é uma fase que todos os criativos passam e é importante para que você assuma uma posição e faça alguma coisa a respeito.

Como prevenir o burnout criativo

Reservar um tempo para investir no bem-estar é o primeiro passo para construir uma saúde mental. Embora isso seja mais fácil na teoria do que na prática, comece estabelecendo limites de tempo para as atividades. Praticar o autocuidado de forma consistente é fundamental para evitar o burnout. Investir em si mesmo também significa estender o mesmo respeito aos limites das outras pessoas. Evitar participar de várias reuniões no mesmo dia e evitar clientes problemáticos, por exemplo, é uma forma de respeitar seus limites.

Como redescobrir seu potencial criativo

Após um burnout criativo é normal ter que passar um tempo descansando, sem fazer qualquer tipo de esforço mental ou físico, mas assim que você sentir que está pronto para recomeçar é importante que você siga alguns passos. Confira quais são a seguir.

Redescubra o seu propósito: lembre-se do porquê você faz o que faz. Crie uma pasta com seu portfólio, ideias, projetos legais e feedbacks que te emocionaram. Converse com pessoas que te emocionaram e que ajudem a te reconectar com seu propósito. Alguma faísca da criatividade vai começar a acender.

Volte ao básico: crie ou volte à um espaço seguro para você iniciar seu processo de redescoberta e testes. Como criativo, comece do zero rabiscando, lendo ou esboçando. Voltar ao básico muitas vezes pode limpar o ar de confusão e esgotamento. Releia seus textos e posts antigos, refaça desenhos e leia novamente os livros que já te inspiraram.

Observe a sua rotina e ambiente: preste atenção à sua rotina e ambiente. Muitas vezes você gasta muita energia para ser criativo em uma hora do dia que você está mais cansado. Analise qual horário você está mais cansado e qual horário você está mais disposto e produtivo. Observe também o ambiente que você trabalha: é pouco iluminado? Barulhento? Com qual roupa você se sente mais criativo e disposto?

Inspire-se em outros lugares: Busque inspirações em lugares diferentes do habitual. Mudar de ares ajuda no seu repertório e inspiração.

Agora que você sabe mais sobre o burnout criativo, siga as dicas para não sofrer com um e lembre-se: você já foi criativo muitas vezes, é preciso encontrar o equilíbrio e respeitar seu processo criativo. Ser gentil consigo mesmo é essencial para não sofrer com o esgotamento e buscar a ajuda de um profissional é importante para que você tenha o apoio correto.

Fontes: Amanda Takassiki, Meio e Mensagem

Graduada em Relações Públicas pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), especialista em Mídias Digitais pela Universidade Positivo e Mestranda em Administração pela PUCPR. É criadora do blog pippoca.com, atua como pesquisadora, é autônoma e já atuou em agências de publicidade. É uma entusiasta da criatividade e de tudo que envolve o processo criativo.